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Foto: Arquivo pessoal. |
A
cuidadora de deficientes mentais Simone Aparecida Lopes Garcia, de 46 anos,
descobriu pela internet que foi sequestrada aos dois anos de idade na cidade de
Tanabi, interior de São Paulo. O caso ocorreu em sete de abril de 1975. Após 44
anos, Simone deseja reencontrar sua verdadeira família.
Ainda
criança, Simone morava em uma região bem pobre do Estado de São Paulo. Sua mãe,
a lavradora Neide Aparecida Pereira, que na época tinha 22 anos, saiu para
buscar lenha e quando voltou não achou mais a filha. Apontado pela lavradora
como principal suspeito de ter raptado a criança, Pedro Antônio Garcia, com 34
anos na época, era parente do marido de Neide. Pedro era viúvo e pediu abrigo
na casa da lavradora.
Para
não despertar suspeitas, o sequestrador dizia que a Simone era filha dele e que
a mãe da menina havia morrido.O sequestro foi registrado no dia sete de abril
de 1975. Sem solução, o caso foi arquivado pelas autoridades da época. Ela foi
levada por Pedro para o Espírito Santo junto com um menino, identificado como
Marcos Antonio Garcia, de 14 anos. O convívio entre eles não era muito bom.
Simone foi abusada sexualmente pelo seu “meio-irmão” durante anos. Para fugir
das agressões, ela foi morar com a mãe de Pedro, identificada como Jesuína.
Com
o passar dos anos, Simone sempre perguntava pelo paradeiro da mãe ao
sequestrador. No entanto, Pedro além de ficar agressivo nunca dava muito
detalhes a garota, apenas falava que o nome da mãe era Iraildes da Cunha Lopes,
uma alcoólatra que havia morrido.
Em
2006 o sequestrador sofreu um derrame e ao ser questionado por Simone sobre o
assunto no leito de morte, recusou-se a falar. Após a morte do “pai”, Simone
começou a pesquisar sobre a mãe na internet. Depois de algumas pesquisas, a
cuidadora encontrou que Iraildes, até então sua “mãe”, havia falecido em 1974.
Logo em seguida, encontrou um processo de sequestro no qual o nome de Pedro
estava envolvido e acabou descobrindo toda a história. Ao ler o processo,
descobriu que sua mãe biológica se chamava
Neide Pereira dos Santos e que a procurou por dois anos.
Hoje,
após descobrir sua verdadeira história, Simone quer mudar toda a documentação
para o seu nome de batismo “Simone Aparecida Pereira dos Santos” e reencontrar
sua mãe e irmãs. A cuidadora, que possui três filhos, está recebendo todo o
apoio da família. Uma organização especializada em buscas de pessoas
desaparecidas está prestando todo o auxílio para Simone.
Fonte: VN
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