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Pesquisa da UFPA propõe técnica inovadora para restauração da Floresta Amazônica

Procedimento combina melhoramento genético e estrutural das plantas com a aplicação de hormônios, resultando em um crescimento acelerado das árvores nativas

Divulgação/Norte EnergiaDuas pessoas plantam muda no chão
Projeto da Norte Energia está sendo desenvolvido por pesquisadores da UFPA

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão desenvolvendo uma técnica revolucionária que promete reduzir em até 20 anos o tempo necessário para restaurar áreas degradadas da Floresta Amazônica. O estudo, que está em sua fase final e tem previsão de conclusão em oito meses, é um projeto da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A técnica combina melhoramento genético e estrutural das plantas com a aplicação de hormônios, resultando em um crescimento acelerado das árvores nativas da região. Espécies de crescimento lento, como a golosa, que normalmente leva 25 anos para florescer, poderão produzir frutos em apenas três a quatro anos após o plantio, segundo os cientistas envolvidos no projeto.

O objetivo principal dessa pesquisa é não apenas acelerar a restauração florestal e mitigar as mudanças climáticas, mas também criar oportunidades econômicas para a população local. Muitos dos frutos da região possuem sabores exóticos, o que pode despertar interesse gastronômico e gerar renda para os habitantes locais. O professor Emil Hernández, da UFPA, líder do projeto que envolve cerca de 20 pesquisadores, destaca que os resultados até agora apontam para uma possível revolução nas técnicas de restauração florestal. “Os resultados apontam para uma revolução nas técnicas usadas até o momento para a restauração de florestas. O sucesso do projeto pode ter benefícios significativos para o futuro da restauração florestal na Amazônia e poderá ser aplicado em outras regiões, ajudando a recuperar áreas degradadas e a reduzir o desmatamento”, destacou Hernández.

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A pesquisa também envolve outras instituições como a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, a Universidade Federal de Viçosa, a Universidade Federal Rural da Amazônia e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará. Espécies nativas da Amazônia, como jatobá, cajá, taperebá, muiracatiara, ipê, camu-camu, entre outras, estão sendo estudadas. Algumas delas, como o cajá e o jenipapo, necessitam de sombreamento inicial para acelerar o crescimento, enquanto outras, como o camu-camu, demonstraram um crescimento em altura acelerado em até 50% com a aplicação de nutrientes e hormônios.


FONTE: Jovem Pan

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