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Homem e menina passeiam pela Rambla, o calçadão da orla de Montevidéu — Foto: Eitan Abramovich/AFP |
Se
existe um oásis na pandemia do novo coronavírus na América do Sul ele fica no
Uruguai. Sem ter imposto uma quarentena obrigatória, o governo do presidente
Luis Lacalle Pou conseguiu estabilizar o número de casos em 738 e 20 mortos,
tornando-se modelo no continente.
É
o único país da região que figura entre os 42 no mundo que vêm conseguindo
vencer a doença, segundo o portal Endcoronavirus.org, um ranking realizado pelo
New England Complex Systems Institute. Sustentado por uma coalizão de cinco
partidos que vão do centro à direita radical, Lacalle Pou assumiu o governo no
início de março, apenas 13 dias antes da chegada do novo coronavírus ao país.
Diante
do desafio da pandemia e, para não transformá-lo em pesadelo, o governo optou
por uma estratégia diferente dos demais vizinhos. Declarou emergência sanitária
no país, mas evitou tratar o confinamento como obrigatório.
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Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anuncia medidas para frear transmissão do novo coronavírus em março — Foto: AFP/Alvaro Salas |
O
governo suspendeu as aulas, fechou fronteiras e proibiu eventos de massa, mas
não reprimiu quem precisasse trabalhar fora de casa. “Não está desaconselhado
sair, desde que a pessoa mantenha distância de outras e use máscaras”, orientou
o presidente. Lacalle Pou tentou se equilibrar entre saúde e economia, sem
perder de vista a herança de um déficit fiscal em torno de 6% do PIB e o
crescimento da dívida pública.
Na
semana passada, as repartições públicas retomaram o funcionamento, assim como
parte do comércio. As escolas reabrirão nos próximos dias, e os uruguaios já
têm autorização para a prática de oito esportes ao ar livre.
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