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Prisão em Mossoró tinha 124 câmeras quebradas em 2021

Detalhes sobre equipamentos instalados consta em relatório da Divisão de Inteligência do presídio federal

JOSÉ ALDENIR/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDOMovimentação dos homens da força tarefa
A qualidade das imagens das câmeras operantes e a baixa área de cobertura dificultaram a adequada visualização da movimentação da fuga de dois detentos

A Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tinha 124 câmeras inoperantes na unidade em maio de 2021, considerando os 192 equipamentos instalados. A informação consta em relatório da Divisão de Inteligência do presídio federal. A qualidade das imagens das câmeras operantes e a baixa área de cobertura dificultaram a adequada visualização da movimentação da fuga de dois detentos ocorrida na semana passada. Outro relatório, dessa vez em agosto de 2023, apontou um problema estrutural da mesma natureza do que foi aproveitado pelos fugitivos: a vulnerabilidade da área existente atrás das luminárias das celas. Foi por lá que Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça escaparam. No documento, uma dessas áreas, chamada de shaft, foi encontrada destrancada diante da corrosão por ferrugem.

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Em conversa com jornalismo no domingo, 18, ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que está em Mossoró, comentou as falhas estruturais do presídio. “Essas falhas estruturais, que são antigas porque os presídios foram construídos de 2006 em diante, podem existir em alguns lugares. Aqui foram corrigidas imediatamente. Estamos avaliando se essas falhas se repetem em outros presídios”, afirmou o titular da pasta. Na sequência, André Garcia, secretário de políticas penais, afirmou que “não há fragilidade”, mas sim um caso pontual “que não vai se repetir.”

Como o site da Jovem Pan mostrou, os dois fugitivos foram os primeiros a conseguirem escapar de uma unidade federal, modelo existente desde 2006. Esse tipo de penitenciária é o que abriga detentos líderes de facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles foram transferidos para Mossoró após terem participado de uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, na região metropolitana de Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos em julho de 2023. A transferência foi feita a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre. No total, são cinco presídios desse modelo no País: além de Mossoró, há unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande, Porto Velho e Brasília. A do Paraná foi a primeira, inaugurada em junho de 2006.

*Com informações de Estadão Conteúdo


FONTE: Jovem Pan

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