O Carnaval de Salvador de 2024 ficou marcado na história não apenas pelos momentos de alegria da folia, mas também pela crescente violência contra as mulheres nos seis dias de festividade.
Apesar de não ter registrado nenhuma morte violenta (homicídio, latrocínio, feminicídio e lesão dolosa seguida de morte), demonstrando uma redução de 100% em comparação ao ano anterior, a festividade foi palco de casos de violência contra mulher.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a folia na capital baiana registrou cerca de 23 casos de violência contra a mulher, incluindo dois estupros, cinco casos de importunação sexual, sete casos de racismo e um de LGBTQIAPN+fobia.
Entre os casos de estupro, um foi coletivo, praticado por 11 homens contra uma jovem no Circuito Dodô, em Ondina, o que mobilizou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que garantiu a investigação dos casos para encontrar os responsáveis pela violação.
“Não vou guardar palavras para ser solidário às duas mulheres que foram estupradas no circuito, às suas famílias. A segurança pública está cuidando, trabalhando para encontrar aqueles que cometeram esse crime, e assim entregar à Justiça para as pessoas. Demos todo o suporte que o estado poderia dar, o afeto, a atenção psicológica a área de saúde, tudo foi feito. Qualquer informação que diz respeito à integridade e ao respeito a elas, nós guardaremos em pacto com a ética, mas aquilo que for preciso a gente dizer, manifestar, o nosso repúdio àquele que vem pra festa cometer crime,e a gente tem que oferecer a Justiça, o presídio ou a delegacia. É caso de polícia, entregaremos a ela”, declarou Jerônimo.
No Carnaval deste ano, foi registrada uma queda de 50% nos casos de tentativas de homicídio, com apenas dois casos. Entre as lesões corporais, foram contabilizadas 91 ocorrências, e o número de roubos teve uma queda de 23,4% em relação à folia de 2023. Por outro lado, os furtos tiveram um aumento de 12,5%.
