‘RG ÚNICO’ É LANÇADO PELO GOVERNO
O presidente
Jair Bolsonaro (PL) editou, nesta quarta-feira (23/2), um decreto que cria o
chamado “RG único” – a nova carteira de identidade nacional. O ato, que será
publicado em Diário Oficial da União (DOU), passará a vigorar em 1º de março
deste ano.
Na prática,
a nova carteira – que estará disponível no formato físico e digital – define a
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como número único de
identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos. A medida
deverá ser adotada como padrão de identificação em todo o país de maneira
obrigatória até 6 de março de 2023.
De acordo
com o governo, o documento deve simplificar os serviços públicos ao cidadão e
coibir fraudes. Atualmente, uma mesma pessoa pode ter um número de RG em cada
um dos estados do país, o que gera o risco de, por exemplo, um benefício ser
concedido mais de uma vez para o mesmo cidadão.
Além disso,
também será possível autenticar a nova carteira de identidade por meio de um QR
Code, ainda que sem conexão à internet.
Segundo o
governo, o documento também poderá ser usado em viagens nacionais e
internacionais, já que terá o código MRZ – o mesmo presente no passaporte.
O número do
CPF deverá constar nos cadastros e nos documentos de órgãos públicos, no
registro civil ou nos conselhos profissional, entre os quais:
Certidões de
nascimento, casamento e de óbito;
Cartão
Nacional de Saúde;
Título de
Eleitor;
Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS);
Carteira
Nacional de Habilitação;
Certificado
militar;
Documento
Nacional de Identificação; e
Número de
Identificação do Trabalhador.
Além disso,
ainda poderão constar na nova carteira:
indicativos
para pessoas com necessidades especiais; e
Código
Internacional de Doenças (CID).
O “RG único”
poderá ser acessado pelas plataformas do governo, como o aplicativo Gov.br. A
ideia do Executivo é que a impressão do atual documento de identidade seja
descontinuada em até 10 anos.
Como emitir
a nova carteira de identidade? – Para emitir o novo modelo, o cidadão terá de
procurar as secretarias de Segurança Pública estaduais, como já é feito
atualmente, uma vez que elas são responsáveis pelos registros. A emissão do
documento será gratuita.
Ao receberem
o pedido do cidadão, as respectivas secretarias validarão a identificação pela
plataforma do governo federal, o Gov.br. No momento em que receberem o
documento em papel ou em policarbonato (plástico), as pessoas poderão acessá-lo
também pelo aplicativo.
Posso ficar
com o RG antigo? – Quem tem o RG nos moldes atuais poderá usá-lo por até 10
anos. Depois, precisará migrar para o novo formato.
Idosos com
mais de 60 anos não precisarão migrar para o novo modelo, podendo usar o padrão
atual por tempo indeterminado.