Deputado Alexandre Ramagem é alvo de busca e apreensão da PF

Na manhã desta quinta-feira (25), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal na Operação Vigilância Aproximada. A investigação visa apurar a existência de uma organização criminosa infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com o propósito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial.

Felipe Arlotta Freitas, policial federal e homem de confiança de Ramagem, também está entre os alvos da busca e apreensão. A ação da PF incluiu o gabinete do deputado no Congresso Nacional, entre outros locais. Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, juntamente com medidas cautelares, incluindo a suspensão das funções públicas de sete policiais federais.

A Operação Vigilância Aproximada é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023. As evidências obtidas indicam que o grupo criminoso estabeleceu uma estrutura paralela na Abin, utilizando suas ferramentas e serviços para ações ilícitas, visando benefícios pessoais, interferência em investigações da Polícia Federal e produção de informações para uso político e midiático.

Os crimes pelos quais os investigados podem responder incluem invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados por lei.

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Antes de sua atuação na Abin, Ramagem coordenou grandes eventos no Brasil e se aproximou do presidente Bolsonaro durante o segundo turno da eleição de 2018. Ele também desempenhou papel importante na segurança pessoal do presidente eleito. Anteriormente, em 2017, participou das investigações da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Desde então, ocupou diversos cargos no governo, incluindo a Superintendência Regional da PF no Ceará e a chefia da Abin a partir de julho de 2019. Surgiram rumores sobre uma “Abin paralela” durante sua gestão, mas o governo sempre negou essas alegações.

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Fonte: Bahia Política

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